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30 anos de seleção genética uma trajetória dedicada à evolução da raça nelore
22/06/2016

30 anos de seleção genética uma trajetória dedicada à evolução da raça nelore

Ao lado de Pedro Grendene, desde 1982, o diretor de pecuária Ilson Corrêa, relata as estratégias e desafios para atingir 30 anos de seleção e um novo conceito na produção de animais reprodutores da raça nelore, expandindo cada vez mais o mercado. Nessas três décadas, criadores de diversos estados brasileiros investiram na Nelore Grendene ao verificar o potencial efetivo dos animais produzidos nos pastos de Cáceres (MT), sendo que os últimos 3 mil touros, comercializados nas três primeiras edições do leilão, foram distribuídos em treze estados do país.

Mas chegar nesse patamar de evolução comercial e de avanço na genética exigiu esforços, rompimento de barreiras, estratégias e determinação, o que possibilitou o registro de uma história na pecuária brasileira marcada pela participação de parceiros fundamentais para uma evolução contínua.

Foi na década de 1980 que iniciou a história da Nelore Grendene com a aquisição da Fazenda Ressaca, em Cáceres (MT), com a dedicação voltada para o gado comercial, com engorda a pasto. Dois anos depois, abriu-se a porteira da Fazenda Guanabara, em Andradina (SP), onde iniciou a produção de touros para abastecer a propriedade de Mato Grosso. Também em Andradina iniciaram os trabalhos de recria e engorda dos animais produzidos em MT.

Em 1985, Torres Homem Rodrigues da Cunha, proprietário da marca que levava o nome de seu pai, Vicente Rodrigues da Cunha, foi a fonte para que a Nelore Grendene adquirisse suas primeiras 50 vacas. Foi quando o senhor Ilson conheceu José Dico, uma referência nacional na criação da raça nelore. Meses depois outras 50 vacas foram adquiridas de José Carlos Prata Cunha, filho do senhor Torres.

Na sequência nasce o primeiro plantel Grendene e inicia a seleção com a finalidade de produzir touros que atendessem a Fazenda Ressaca, todo esse trabalho sob assessoria de José Dico.

Virando a década, em meados de 1990, vieram os primeiros prêmios pelo gado de pista com assinatura Grendene. “Naquela época não se falava ainda em animais provados. A seleção do Nelore ou do Zebu era feita de uma forma diferente, avaliando-se muito mais os aspectos ligados à fenótipo do que ao genótipo”, pontua o diretor de pecuária, Ilson Corrêa.

“Dava-se muito mais importância ao aspecto racial, como cabeça, colocação do cupim, barbela, rabo, umbigo e outros. Não havia uma preocupação com o aspecto comercial do nelore e com a produção de carne. Dentro desse contexto nós também atuamos por muitos anos nessa filosofia e foi quando começamos a fazer um pouco de pista e nos dedicávamos às competições mais modestas, as regionais”, declara Corrêa, fazendo referência ao apreço que tinha Pedro Grendene pelos animais de pista, sendo que chegava a conversar com o gado nas baias e cocheiras, passando horas admirando a criação.

O projeto das pistas sofreu uma pausa, devido à ascensão do cruzamento industrial, que estimulou a transferência de todo rebanho PO de Andradina, para Cáceres. Na prática de inseminação, naquela época chegaram a utilizar sêmen europeu, principalmente da raça Heredord.

O gado comercial após a desmama era encaminhado 100% para Andradina (SP), para terminação a pasto e confinamento. Lá chegaram a fechar 12 mil cabeças em confinamento.

Na década seguinte inicia o segundo momento da Nelore Grendene. Algumas vacas foram selecionadas em Cáceres e iniciaram as parcerias para transferência de embriões com os senhores Marco Fayad e Agnaldo Ramos.

Houve também o retorno às pistas e o início da seleção ancorada pelos critérios da ANCP. Para acelerar a seleção e a produção de touros por Transferência de Embriões, todo o plantel de gado PO da CFM, algumas vacas da Barreiro Rico e Colonial foram adquiridas pela Grendene em 2005, ano que nasceu o projeto Leilão 1000 Touros.

Em 2006 começa a consultoria da Brasil com Z, voltada para a seleção funcional, pela metologia EPMURAS, conciliando avaliações genéticas, com morfologia.

Em definitivo, no ano de 2008, abre-se mão das pistas, em prol do Leilão 1000 Touros. Para balisar os resultados e atrair clientes, foi iniciada a comercialização dos reprodutores em diversas praças por meio de leilões em Alta Floresta, Colíder, Cuiabá (MT) e Paraíso do Tocantins (TO).

Depois de uma seleção apurada e da aptidão genética da propriedade, chega o momento do amadurecimento do produto e resolve-se fazer um único leilão por ano na Fazenda Ressaca. Nasce então em 2013 o maior o leilão de touros do país, o Leilão 1000 Touros, com venda de 100% em médias acima do valores de mercado, e com edições anuais.

Para o fortalecimento da nutrição do solo, a implantação de novas tecnologias foi adotada como o início da Integração Lavoura Pecuária, com a primeira safra de soja. A propriedade, que tem a pecuária como principal atividade, visualiza nos grãos uma oportunidade de diversificar a matriz econômica e diminuir os custos na criação de gado. “Destinamos uma pequena área para a produção de milho que serve de silagem para os animais. E a pastagem, que se desenvolve na área em que a soja foi cultivada, triplica a capacidade de lotação, impactando diretamente no volume e qualidade da proteína vermelha”, enfatiza o diretor de pecuária, Ilson Corrêa.

O ano de 2015 foi marcado pela primeira colheita da soja, com produtividade que resultou em 59 sacas por hectare. E também marcou a terceira edição do Leilão 1000 Touros, com destaque para a venda de 33% do touro Tímido, arrematado pelo condomínio de Francis Maris Cruz e João Oliveira Gouveia Neto. Neste ano, a Ressaca aderiu ao PMGZ como mais uma ferramenta de aprimoramento na produção de touros melhoradores.

Rica Comunicação - Assessoria de Imprensa Nelore Grendene

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